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quarta-feira, julho 30, 2003

Cave 

Se há artista-referência; se há canção que ouço com prazer (suportando o gozo feminino que se senta no lugar do morto); se há canção que toco no meu piano de teclas amareladas-desafinadas-e-antiquadas, esta é a canção.

HE WANTS YOU

In his boat and through the dark he rowed
Chained to oar and the night and the wind that blowed
Horribly ‘round his ears
Under the bridge and into your dreams he soars
While you lie alone in that idea-free sleep of yours
That you’ve been sleeping now for years

And he wants you
He wants you
He is straight and he is true
Ooh hoo hoo

Beneath the hanging cliffs and under the many stars where
He will move, all amongst your tangled hair
And deep into the sea
And you will wake and walk and draw the blind
And feel some presence there behind
And turn to see what that may be
Oh, babe, it’s me

And he wants you
He wants you
He is straight and he is true
Ooh hoo hoo


(Nick Cave, "Nocturama")

Horas Extra 

Um funcionário público assim se dirigiu na busca por momentos desviantes dos horários de trabalho:
"Quando um gajo morrer, do outro lado não há praias."

E a culpa é do minitro da saúde...


NaiciNaici. 

Com sorrisos, abraços e champagne, deparo-me com duas conhecidas de tempos antigos de concertos de música barulhenta (ah! uma delas sempre me perguntava pela minha señorita). Gosto de vos ver, 'pá'! (como sei que ñ se lembram de mim, permito-me dizer isto com esta segurança mexiática).

E congratulo-me também pela menina do Sami. Bem vinda, Dra Raquel.

terça-feira, julho 29, 2003

Brincadeirinha 

Estes meninos brincam com coisas sérias...

Derivados 

Não sei se me espantei ou não com a proposta do Pentágono em criar um mercado de futuros (produtos derivados) para "Atentados". Um futuro é um contrato que víncula duas partes (comprador e vendedor) a transaccionarem, no futuro, um determinado activo a um preço previamente estipulado. Pode envolver activos diferentes como bens agrícolas, taxas de juro, a temperatura, etc. Engraçada é esta tão afamada proposta onde a 'aposta' (investimento, dizem eles) seria o local onde o atentado iria ocorrer ou a personagem política que fosse assassinada. Não sei se os terroristas poderiam investir ou não, ou se os serial killers também teriam acesso, mas sei que pra nós, país pequenino, é um modelo importante, por exemplo, num mercado de futuros de blogs. Aqui, a minha teoria visaria o investimento (a aposta) no número de vezes que o Mexia não comentaria o que quer que seja, ou nas vezes que o Crítico adoptaria uma postura doce e delicada, ou o Tiago falaria de futebol, ou a Papoila organizaria uma petiscada/jantarada/festarola, ou o Aviz tomaria imperiais connosco, ou o João escreveria alguma coisa desinteressante.

Ideias de possíveis contratos para Pianodrunk@hotmail.com

segunda-feira, julho 28, 2003

Confissões 

Hoje estou numa de confissões de circunstância. Assim:

- Ao rever a reportagem sobre o Mundial de 66 fico com mais certeza de que o Maradona foi mesmo o melhor, e o Rui Costa o que mais classe atribui ao tratamento da senhora (termo gentilmente fornecido por Gabriel Alves);
- Ouço diariamente as canções educativas que o Crítico nos dispõe;
- Soube que as mulheres quando passam pelos dias difíceis do mês, optam quase invariavelmente (numa óptica meramente estética) por rostos mais másculos e que quatro décimos dos filhos são ilegítimos (desconfio desta última, mas sofri com os senhores da reportagem);
- o Clemente é licenciado em Filosofia.

Reacção! 

Da mesmo maneira que manifestei a desilusão do não-aparecimento da Bomba no Telejornal de Sábado, hoje pronuncio com veemência a satisfação pelo aparecimento da Bomba no mesmo programa. A antítese da tragédia do fora-da-lei. Senhora Carla, muito bem. É o que tenho a dizer. Ah!, e a visualização de milésimos da Voz na RTP1. Atingiste o apogeu, meu amigo.


PS: Não poderia deixar de referir o Mexia. Grd Mexia. Grd referência. Grd Boss!

Ciência 

Esta notícia explica o porquê da importância na aposta na leitura deste Blog.

domingo, julho 27, 2003

Rectificação! 

Com recepção de uma mensagem urgente da lentedecontacto, fica a rectificação feita:

"Nunca escrevi com a mão direita no caderno da mão esquerda... é proibido! Rectifica, senão os anjos ficam todos trocados e querem ter uma reunião cmg."

A escrita foi feita com a mão esquerda!

Questão 

Ainda ñ percebi se é por cunhas ou não o porquê da Câmara Municipal de Lisboa não terminar de vez com a actividade profissional 'arrumador-sem-boina-que-se-não-dás-moeda-cunho-ta-eu'.

Livros e desejos 

Os livros têm o mérito de nos moverem os desejos. A ler Dostoievsky encontro as estórias que mais me questionam acerca de quem me rodeia. Na precaridade do Raskolnikov ('Crime e Castigo')quase que criei empatias com a vida desprovida de sentido do jovem (excepção feita à cacetada mortal no cucuruto da velha); no vício do Ivánovitch ('O Jogador') o risco, o jogo, as put options e as call options, os stop-losses, quase me viraram novamente para a tecnologia americana; e como ela escreve com a sua mão destra no seu caderno da mão esquerda, o Eterno Marido...

Alentejo II 

Não podia deixar de exprimir a manifesta desilusão pelo não-aparecimento da Bomba no Telejornal desta noite; desilusão esta, só mesmo suplantada pelo João Baião e os tralhos maravilha das nossas regiões.

Alentejo 

Bom dia, o de hoje. Em visita à  linda Vendas Novas, vivi um sábado alentejano condizente com o que idealizo. De uma almoçarada bem servida e cozinhada a uma sesta aprumada e merecida; Soube que afinal o Mukankala não é o preto mais escuro de Vendas Novas, outro apareceu (de seu nome Fernando) que entrou de rompante pela casa a dentro e pediu para almoçar connosco. Surreal? Lynchiano? Não tanto. Cultura africana com 19 anos de naturalidade alentejana; Até o registo urbano (ou não) de uma caracolada obrigatória com o Mukankala, Quezia, Voz, Tudo-Política e a minha senhora foi condição essencial. O tópico 'blogosfera' surgiu com uma naturalidade pueril. Não sabia se estava com famí­lia ou numa petiscada bloguística, mas uma coisa é certa, o imaginário à volta disto provoca saborosas gargalhadas esbranquiçadas.


E eu bem lhe disse "que esta é uma bonita terra pra se viver"

sexta-feira, julho 25, 2003

Diários 

Mais publicidade nas minhas consultas diárias. Gosto do tom Crítico e colérico deste panque da música clássica, do Mexia e da intensidade com que vive a blogosfera, das posições curtas e longas que este Gonçalo assume nas stock options com quem virei no futuro a trocar impressões sobre a temática (tão dialéctico que eu sou), o Sr. Aviz ( e o uso do 'Sr' é aqui propositado) pelo registo vivencial, honesto e modesto dos seus posts.

quinta-feira, julho 24, 2003

Concórdia II 

Ainda relembrando o convite desafiador e experimentalista do Escala Estantes na consequência auditiva e comportamental de escutar o "Sight for sore eyes" do Tom Waits, dois erros e um resultado. Fazê-lo connosco mesmo e usá-lo como despertador-da-manhã do magnífico album "Foreign Affairs", e chegar consecutivas vezes atrasado ao trabalho. O Waits é mesmo para os pequenos.

quarta-feira, julho 23, 2003

Fim de tarde 

Este é um post que fala de distracção, de acontecimentos do dia-a-dia, e do cansaço cerebral de alguns sectores da actividade económica. Pra já, este é um início completamente desmesurado para aquilo que tenho a dizer, mas que se lixe. Findo um dia de intensa análise numérica, gargalhadas com a Função Pública e refeições com o olhar estranho das pessoas de bata branca, chego à minha rua para estacionar o meu bólide de 13 anos de idade. Estaciono, saio, observo e meto-me novamente no carro. Não satisfeito com o lugar meio-de-esguelha, arranco. Ao virar a esquina ouço uns clicks-tócs-pócs no tejadilho e penso que me estariam a cair pássaros hitchockineses mas não. Uns 200 metros à  frente vem o homem do café onde ia quando faltava às frequências e ia pensar no rumo da minha vida (como bom estudante que quando se balda e vê o caso mal parado revê a vida e toma decisões) e salta-me em cima do carro pra me agarrar a carteira e o telemóvel. Sempre apreciei a distracção enquanto característica intrínseca de alguém. Acho que lhe confere uma ingenuidade pura, confiável. Neste caso, e visto que estou numa de seguir as pisadas conclusivas do Samuel Úria, a matéria-prima existe (ou não) e, com proporções mais niveladas, até numa EBD se esplanaria a temática.

A dita cuja 

Na blogosfera sentimo-nos grandes e pequenos, adultos e crianças, interessantes e desinteressantes. Dicotomias quase inevitáveis que nos abraçam ou nos destroem com urtigas tramadas para a brincadeira. Já o meu comparsa Sami tinha referido o facto, na necessidade de sermos meninos. Como quero ser criança.


PS: A auto-comiseração ficou em casa a preparar o almoço.

Tema do dia 

A propósito do tema do dia (atribuição consciente para o abrupto), os telemóveis, só me apetece dizer umas 2 ou 3 coisas. Irrita-me a sofisticação, e as opiniões herméticas no conceito de beleza de um telemóvel (ou até no próprio uso que se lhe dá); Irrita-me a minha relação 'on-off' com o meu telemóvel, na medida em que a máquina que serve o homem tem pra lhe dar as picuinhices que lhe descobrimos; Irrita-me os toques-beijinho; Irrita-me nem sequer saber o número do Apoio ao Cliente. Tou irritadiço, e ponto final!

História da adolescência 

(aula de inglês)

Professora:
"Where were you born?"
Aluno:
"I wasozzy Osborn."

Desta vez, curtas à  Quinta 

A zero em comportamento tem programado para amanhã e quinta-feira, no cinestúdio 222, uma selecção de 7 filmes do Festival deste ano (Festival Internacional de curtas metragens de Vila do Conde), onde quero destacar o filme de Inês Oliveira "O Nome e o N.I.M." por ser, não só o Vencedor da Melhor Curta Metragem Portuguesa, mas principalmente pela participação de um amigo-marido-de-uma-amiga desconhecido, mas que prezo já no desconhecimento. Quinta-feira, a não perder!

terça-feira, julho 22, 2003

Inesperado 

Não percebo o porquê destas linkagens absurdas. Visitaram-me por uma busca no Google em "Blogs femininos de 2003 em português". Não me encontro nessa panóplia de blogs apesar de que, das almas-à-antiga à sofisticação compreensiva, o genial Dostoiévsky é que tinha razão com aquele "Homenzarrão, e com esta tez de lírio e rosa!"...

Concórdia 

Quero enfatizar a escolha de uma voz tenebrosa com canções de caixinhas de música ( A sight for sore eyes é tão linda..), que são paradoxos no público-alvo (se é que existirá), com capacidade de acalmarem "espíritos pequenotes mais irrequietos". Seguirei o exemplo do Bicho Escala Estantes embora com um sobrinho-de-anito-e-meio, com afinco e curiosidade no resultado. Pra já, a única experimentação feita até ao momento (e com sucesso) foi a reacção a ritmos dançáveis como são os de música ligeira com o "Vais Partir" do Clemente. As ancas abanavam como o papagaio do irmão da TudoeMário, pra cima, pra baixo, pescoço hirto e palminhas descompassadas...mas com um sorriso nos lábios que nos faz ir ver concertos ao Bairro da Sé. Fica o conselho para experimentação adequada.

segunda-feira, julho 21, 2003

David Bowie 

Quando questionado acerca do que fazia na breve sequência de Fire Walk With Me, de David Lynch:

"Ele (Lynch) disse-me que quis descobrir como seria se os seus quadros tivessem movimento. Quadros que são peças mais conceptuais, sem uma componente narrativa, fantasmas de ideias que pairam, colidem e se justapõem, pequenos acidentes que acontecem e que, para ele, são mais interessantes do que uma história como princípio, meio e fim. Mas pronto, não fujo à pergunta, não sei de todo o que faço naquele filme!..."

Boas-vindas 

A um rapazola de 15 anitos com cartas pra dar, com histórias quase vividas ao momento-blog. Bem vindo, Jónatas!

A este 1º amigo papoiliano, um bem vindo prestíssimo

Ossos do Ofício 

Eu:
- Mas quando terão isso pronto?
Cliente:
-Isso?! Ah...a circunvalação de clientes..pois...
Eu:
- Diga?
Cliente:
- Não me estava a perguntar sobre a circuncisão de clientes?
Eu:
- Circularização de Clientes...(risos internos)

domingo, julho 20, 2003

Problema detectado, ajuda urgente! 

Já várias pessoas se referiram quanto ao facto de quando entram neste Blog, apenas visualizam o primeiro post. É necessário restaurar e depois maximizar para se conseguir ver o Blog totalmente. A página bloqueia, ñ percebo porquê e preciso de dicas pra resolver esta situação. Ajudas urgentes para Pianodrunk@hotmail.com

Traços de página 

Ás vezes dou por mim a ser um metódico compulsivo, (acho eu) para compreender as motivações profundas da consciência ou, talvez com maior probabilidade, as que essa perde de vista. Faço traços, 6 traços numa folha branca, já antevendo o que virá em seguida. Vem o dia-a-dia, o meu amor e a mensagem da Cruz.

Constatação 

Nos entretantos de coisas boas e más na televisão de Domingo à  tarde, a única coisa que vale a pena é o Carlos Ribeiro, ele próprio.

Como não podia deixar de ser... 

Seria impensável terminar o dia sem postar o facto de mais uma (habitual) vitória sobre os rivais alfacinhas. Na História, na grandeza, no estádio, na estética ou a guiar, cá vamos esfregando as mãos.

Silogismos 

"A minha filha perguntou-me
o que era para a vida inteira
e eu disse-lhe que era para sempre.

Naturalmente, menti,
mas também os conceitos de infinito
são diferentes: é que ela perguntou depois
o que era para sempre
e eu não podia falar-lhe em universos
paralelos, em conjunções e disjunções
de espaço e tempo,
nem sequer em morte.

A vida inteira é até morrer,
mas eu sabia ser inevitável a questão
seguinte: o que é morrer?

Por isso respondi que para sempre
era assim largo, abri muito os braços,
distraí-a com o jogo que ficara a meio.

(No fim do jogo todo,
disse-me que amanhã
queria estar comigo para a vida inteira)"


Ana Luísa Amaral

sábado, julho 19, 2003

Mukankala! 

No último post desta pérola africana, li o seu desapontamento para com as visitas de que é alvo. Cá estamos nós a ajudar porque...meu caro, esse linques-comentários têm que surgir!!! Isto é condição sine qua non para o sucesso desse fantástico Blog. É no registo monhé-realista que te queremos. Nada de maneirismos cibernéticos, truques-de-anca-de-letra, ideias fantasmagóricas e actualidades pra regalo do alheio. Haja honestidade! E já agora, uns pózinhos de Kuduro.

Leio 

Consulto esta revolucionária-das-intenções. Os pontos de situação que faz, lembram-me as "Screwtape Letters" do C.S. Lewis.

sexta-feira, julho 18, 2003

Waits 

"Agrada-me muito essa ideia de um disco terminar os seus dias a derreter-se sobre uma linha de comboio. É como quando passamos junto ao pátio de recreio de uma escola e ouvimos os putos a cantar. É também um sítio perfeito para as canções repousarem: deixarem apenas de viver nas ondas de rádio ou da televisão e entrarem na corrente sanguí­nea. É como se ficassem a pairar invisí­veis no ar, como se se entranhassem na terra para ficarem definitivamente lá."

Tom Waits

Nicenicenice 

Nada como chegar a sexta-feira e ir pró petisco, no meio de caracóis, ameijoas, loirinhas e conversa, muita conversa. Um dia destes...ainda reevindico uma petiscada bloguística! É à mesa que tudo se discute.

Bem... 

Há uma série de coisas que quero saber fazer. Assumo-me como tecnologicamente desajeitado. Para além de debitar ou creditar letras, pouca arte tenho nesta coisa do 'belogue'. Também...ñ quero isto com muito folclore. Preciso de dicas para: colocar aqui ao lado umas palavras; colocar comentários. Na questão dos comentários estou indeciso pelas obscenidades que o Sami me possa trazer. A propósito deste jovem, desde já vos prometo uma prenda para o dia do casamento do fora-da-lei: uma canção que fez para mim, com a duração de 2 segundos intitulada "Guel". Tem mensagem, tem mensagem.
Bem, agradeço as dicas e a ajuda para Pianodrunk@hotmail.com
Brigadito

Prémio 

Óscar para a minha amiga Sara que detém o record de comentários a um post. Um desafio para o meu amigo Nuno para que possa brilhar no mundo dos comentários! Queremos comentar-vos... "ihihih"

Publicidade 

Não-poeta e benfiquista. Escala EstantesBom homem, este.

Dúvida 

Ainda estou para decidir o que dispõe de maior frequência absoluta; se as visitas diárias ao PTbloggers , se o terminus das frases do Dr. Nogueira de Brito com "não é".

Finn! 

Este Lucas anda feito um designer!

"E se o Comboio enche não te preocupes, vai tudo para a mesma Estação..."

Boas maneiras 

Uma das vantagens de lidar com a Função Pública é conviver com o povo, no seu sentido mais belo. O ser-se genuíno nas palavras, intenções e posturas descontraídas. Se há coisa que gosto no falar com a geração precedente à minha são as expressões do antigamente. Hoje o peso e a violência das palavras é bem mais evidente que na altura 'antiga' (note-se o piropo-de-rua 'ó simpática', 'ó jeitosa'), onde as reviengas à volta das palavras tinham substancial movimento. "Ouvi...enfim, portas travessas..." ou " Ainda tentei mandar o barro à parede" são frases que se soltam com desprendimento, com dinâmica no falar. Aceitam-se contributos-à-antiga pra esta colecção devota.

quinta-feira, julho 17, 2003

Sofisticadas, elas... 

Isto creio ser geral. É impressionante a sofisticação cibernética dos Blogs femininos que tenho pesquisado, quando comparados com os masculinhos. Que templates lixados desta menina, desta senhora e desta mulher! E já agora, que raio de pragmatismo o meu.

Almoço e desaranjo 

Nestes meus dias de prazos, stress e avaliações, se há bálsamo naquilo que gosto de fazer é almoçar em casa. Sair do trabalho, da cantina do Hospital, dos olhares de estranheza dos seguranças e afins, e escutar (enquanto subo as escadas) o palrar do meu sobrinho Ruben que não diz uma 'pá' caixa, que me suja a camisa com o 'bolsar' (termo aprendido) de tantas voltas que dá no ar, que foge do penico e a descarrega o desconforto no chão da cozinha, que levanta os bracinhos pequenos quando se diz a palavra b-e-n-f-i-c-a, que dá gargalhadas quando tosse, que só gosta de ver os anúncios (hora quase sagrada), que que que! Como és lindo, pequeno...



Por falar em génios... 

Do fado ao pop, do folclore ao roque, é complicado definir o Variações. Melhor mesmo será citá-lo na amplitude do seu próprio estilo: "De Braga a Nova Iorque"
(e apesar do discurso-á-futebol na terceira pessoa)
" O António Variações gosta de pôr as pessoas a cantar, gostava de não ser só um espectador. E tem vontade de ficar na História, nem que seja na história de uma parede de casa-de-banho". (António Variações ao "Sete" - 30.03.83)
(...o unico panque que este país conheceu foi o senhor António Variações)

quarta-feira, julho 16, 2003

Deusadolar 

Ora aqui está uma aragem na arte de criar. O inconformismo, a densidade, a ironia e a entrega à sua própria consciência [dos seres pensantes] proliferam os quadros-sombra meu amigo Paulo.

Bach! 

Sem dúvida, sempre foi o meu compositor preferido (a par do genial-divinal-e-tal-e-tal Bela Bartok). A paz e a vivacidade do som metálico do cravo dão-me vontade de comer doces. Isto é descontrolado e visceral, assumo. E como a minha manita se esforça por me engordar...tão bom ouvi-la, tão bonito vê-la...

Citação II 

Chegado a casa, procuro que o Leonard Cohen ocupe os espaços por preencher. Pesquisas de metáfora narcóticas elucidam-me acerca do Amor:
"Atrai-me a intoxicação pelo amor, a ideia de me render como um ébrio perante esse mistério..."

Não totalmente convencido, li I Coríntios 13. E o Amor é tanta coisa...

Citação 

As violências dos subúrbios, o lirismo dos blocos que por aí se pavoneiam, a desconfiança e o cuidado para com a espécie humana, levam-me, instintiva e nada programaticamente, a citar o Cohen: "Give me back the Berlin Wall, give me Stalin and St Paul"


terça-feira, julho 15, 2003

Estranheza... 

Ir à antiga faculdade tratar de assuntos futuros e não conhecer patavina nem sequer exprimir um único 'olá'!

segunda-feira, julho 14, 2003

Nuno, Nuno, Nuno... 

A este meu amigo-amigo atípico na análise sociológica de um adepto de futebol ("Eu sou um preto que pareço monhé, mas sou um gajo fixe e tripeiro! Sou missionário evangélico no alentejo, que é o mais parecido com África!!!" palavras dele), quero apenas dizer 2 frases soltas: Focaste a questão da classe mundial do Clube-da-Catedral e falaste no facto de um jogador de futebol ser mimado, birrento e egoísta. Caramba, ainda ñ consigo discordar de ti...

Esclarecimento útil. 

A propósito dos tempos idos e das obras clássicas...

"Porque eles contêm todas as belas formas de linguagem abolidas que guardam recordações de usos, ou de maneiras de sentir que já não existem, marcas persistentes do passado com que coisa alguma do presente se parece e de que o tempo, ao passar por elas, foi o único a avivar-lhes mais a cor."


(em "O Prazer da Leitura", Marcel Proust)

domingo, julho 13, 2003

Ele tem razão 

Sem dúvida alguma que as meninas bonitas que entram na Fnac dirigem-se para a secção de psicologia. Há tempos largos o meu lema era: Procuram-se profissionais-pra-vida-inteira. Pra já, tenho consultas gratuitas.

E ao fim de anos a fio... 

Com alegria honesta (quase quase como a da pulga do Alexandre O´Neil) que reparo que o Escala-Estantes é um companheiro de velhas andanças. É exímio a falar de livros (bem o leio) e um apreciador de futebol cá dos meus. É bom ver-te novamente.

Conselho de amigo I 

Passear por Lisboa, num Domingo à tarde a escutar a Antena 2, com exigências Bela-Bartok'ianas'. O mundo faz mais sentido com as divagações ou desorientações lineares deste senhor de leste. Inspira-me. (repetição propositada pela reedição do momento)

Dito 

Sempre achei curiosas as pessoas sem clube. Não sei se o entenda como gosto, como intelectualismo-da-treta ou se falta de compreensão cultural do espaço que ocupam. Digo isto de uma forma redutora porque uma coisa é não apreciar futebol, outra é não ter clube. Podemos não ligar nenhuma ao fenómeno social (palavras da minha lentedecontacto aquando da primeira e única ida ao antigo Estádio da Luz), mas, meus amigos...somos um país culturalmente benfiquista! Em caso de dúvida a resposta será obviamente dada desta forma. A excepção feita a esta análise e que ñ tenho pretensões de entender é sem dúvida a questão feminina. A uma mulher que se diz não-benfiquista replico constantemente..."Tu és mulher, não tens a obrigação de perceber de futebol." (mas sorrio de imediato)

sábado, julho 12, 2003

Piano! 

Esta estória pensada fez parte de mim, apesar do terminus da minha que..enfim, caso perdido e tal e tal...
Gostei ali do Smaug e tu aí...ó Fumaças. Sou apreciador nato de restaurantes italianos e seguirei o teu conselho.
Abraço comparsas.

Sem alma! 

A Exma Srª Papoila tem razão nos comentários catarinescos. No entanto, a minha observação vai para a Operação Triunfo em geral. Concretizações do que é ser músicosemalma estão ali. A atribuição do bom a uma boa-voz-camisas-enrudilhadas-sorrisos-bonitões-e-calças-a-retalhos vem na linha dos rosários e dos ovários do Sr. Vale Almeida. Haja paciência, meus amigos...

Sara, Sara, Sara... 

Orgulho-me de ter dito há já algum tempo a esta senhora, que o seu Blog tinha mérito e respeitava as Normas Internacionais da Blogosfera ISO 2000. E orgulho-me igualmente deste casal-maravilha! Grd momento de confissão-não-habitual. Vertam lágrimas, vertam!

A propósito do comentário... 

Ao comentário dessa menina menos política a meu respeito, devo dizer que é bluff!

sexta-feira, julho 11, 2003

Roque! 

Um lugar comum é, certamente, o de que o roque é "Sex, Drugs & Rock´n´Roll". Tou a um passo de não discordar disto...o Hasil Adkins barafusta na lama, mas é um senhor a ter em casa.

Não me drogo. Não sou apologista da libertinagem sexual. Poupa-me o panque, toca-me o Fado!

"Big Brother é serviço público" 

A defesa do BB como luta contra o elitismo televisivo é uma falsa questão; a crítica à  BBC pela elevação das ideias e dos gostos populares só fará sentido na perspectiva dos interesses e necessidades da audiência, que poderão ser ou não correspondidos. Há uma questão, há uma questão...

É impressão minha ou se este senhor pedisse uma definição de "serviço público de televisão como projecto da democratização da vida pública" ao Sá Leão se iria arrepender arduamente do conceito traçado? (ah! Há a hipótese de o Sá não perceber a questão, pois é...)


quarta-feira, julho 09, 2003

Num acordar, a minha praxisemcafeína me dirá: 

(a relembrar a grande compra de hoje)

Qualquer dia Amor, vais mudar de côr
Vou servir o teu café com sal
Embrulhar o pão no teu jornal
Pela manhã...

Qualquer dia Amor, vais mudar de côr
Vou passar a ferro os teus sapatos
Engraxar as calças dos teus fatos
Fica-te bem...

(Doce - "Café com sal")

Partilha no trabalho 

Para aqueles que acham que no dia-a-dia do trabalho formal não há momentos de partilha honesta e sentida, e adoptando um registo menos político no contar deste tipo de estórias...

Uma colega observando uma garrafa de água daquelas de gargalo desportivo com patilhas de entra-e-sai, partilha o mau estar, até mesmo alguma antipatia de sua mãe pra com o modernismo garrafeiro: "Ai filha, não gosto nada que bebas dessas garrafas...ficas tão mal..."
[e, sinceramente, quem é que não a imaginou agora?]

terça-feira, julho 08, 2003

Um esquecimento imperdoável 

Na primeira citação aos meus amigos bloguistas esqueci-me do meu amigo Lucas que me faz lembrar o Huckleberry Finn; e esta memória é boa para mim... (ao Tiago Martins que também lá anda, um abraço!)

Ah! Sem esquecer aqueles com quem troco risos, beijos, abraços, piscar-de-olhos e interjeições! Para esses companheiros de noites-sem-fim, um 'lol'! plim!

Ouço esta canção consecutivas vezes 

É um mestre na arte de criar. E esta versão da malha dos GNR é um bom exemplo do facto. Aqui fica o conselho: 'Pós-modernos', por Tiago Guillul

O concerto está morto. Viva a música! 

A notícia do dia é, para mim, a destruição de 2 pianos de cauda e do seu fraque por parte do francês François René Duchable. Um senhor que caminha na aproximação classicismo-povo, que abomina elitismos-da-treta, que se recusa a ver "o piano como um instrumento arrogante e exclusivista", lançará (num primeiro concerto) um piano a um lago, seguindo-se noutro a queima do seu fraque, guardando para o fim a destruição do piano numa explosão. Como estudante do classicismo musical desde os meus 6 anitos, tocando roque-enrole mas sendo neto do Alfredo Marceneiro, tendo uma irmã pianista e cravista de profissão e um sobrinho-mais-lindo-do-mundo que sempre que me sento ao piano insiste em martelar as teclas com veemência, e sendo eu próprio um Pianodrunk que bebe (ele, não eu...), fica o seu dito "O concerto está morto. Viva a música!"Sr. Duchable, uma salva de palmas.

Nota de rodapé 

Sorri com o comentário do JPP a propósito da jantarada da UBL. Mas uma verdade charlotte'iana' seja dita: As festas são o melhor que a Deloitte tem! (ou não...)

segunda-feira, julho 07, 2003

Por falar em Tango... 

Sou um apreciador nato dessa densidade escura e...bem, deixemo-nos de palavreados. Já me entreti a ver a Solange e o Alejandro ensinarem gratuitamente na Barraca, Domingos pelas 20h (fica o conselho e não ganho comissões); a mim, faltaram-me as forças nos joelhos que me permitissem tentar dançar na observação profissional daqueles senhores-a-motorsensual. Como bom magricela desajeitado que sou, fica a promessa de que lá irei cruzar-as-pernas-e-volver-o-tronco.

Turbilhão de emoções em completo descontrole 

Chegar a casa de um dia estonteante com gravatas saltitonas, olhares predadores e gargalhadas sem nexo...escutar o Zero Hour do Piazzolla, ler a Papoila a respeito da Sra Catarina, e mover o pensamento para entrar na colecção de gritos anti-abortistas. Aqui segue o meu com muita jovialidade á mistura: " Deixem as trompas soar!"

A sapiência é sempre salutar nos amigos 

Em conversa cibernética com um amigo acerca do fenómeno-blogs, ele dizia-me: "...o sucesso do fenómeno poderá ser a sua própria morte. Como as bactérias que fermentam o vinho que acabam por ser vítimas do próprio alcool que produzem." Esta não é uma sapiência escatológica, antes, uma assimilação 'informativa' comunicada pelo velho Soren.

domingo, julho 06, 2003

Cumprimentos institucionais 

Quero dar beijos, rosas, trapézios e caramelos ao 'tondeleiro', à Voz, à Sarai, ao Mukankala, aos meus cunhados de tempos futuros. Pra vós, um grande bem-haja!

Dou a mão à palmatória 

Por entre risos e gargalhadas sempre me diverti com o conceito místico e grandioso da Blogosfera. Cedo à futurologia-quase-diária com a qual o Tiago me brindou: "1 português, 1 Blog!" Bem, comparsa...aqui estou eu.

A minha estreia nos 'Globos de Ouro' 

Este é sem dúvida o maior paradoxo da minha existêntica cibernética. Estou na Blogosfera, um misto de opiniões confessadas e ironias másculas de seduções bacôcas. A ver vamos como corre a partilha. Como diz o JR "Siga"... (in obviamente, mas que por particular confissão achei por bem colocar aqui)

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