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terça-feira, junho 29, 2004

Praxisemcafeína 

Gosto quando te olho de soslaio
E sinto o peso do dourado dos teus cabelos
A preencherem o espaço disponível
Entre o meu ombro e o meu ouvido.

Os Ninivitas 

Reflectir e pensar no espírito criativo como capacidade ou dádiva que à generalidade das pessoas é colocada á disposição traz, por vezes, complexidade (e respostas estúpidas para quem as ouve) quando me é questionado o "que estilo de música é que tocas". À questão "Tens uma banda" reajo com uma nota: "Agrupamento", não vá a pessoa pensar que é mais uma inglesada à procura da fama dos rock´a´abrir deste país. As catalogações das formas do objecto criado ferem o que de melhor há na construção do que quer que seja. Claro está que são necessárias para que arrumemos as prateleiras das nossas conversas. Para já refugio-me em respostas generalistas: "Somos ecléticos mas não atléticos."

segunda-feira, junho 28, 2004

Vamos lá votar! 


domingo, junho 27, 2004

Euro 2004 - Gabriel Alves, sempre ele! 

Relembrando o jogo Portugal-Holanda de há 2 anos, em que tivemos uma sorte brutal, e empatámos 2-2 com um penalty convertido pelo Figo a poucos minutos do final, Gabriel Alves proporciona-nos mais uma vez momentos de intensidade verbal: "Muito bem Luís Figo na conversão desta grande penalidade. Quando tem que resolver, Figo resolve. Figo é frio. Figo é gelo."

Eu já nem sei comentar estas coisas...desfaço-me em gargalhadas compulsivas.

Euro 2004 - Gabriel Alves, ajuda-me! 

Este Blog é visitado por investigadores sociológicos da adolescência no futebol: "Inês, Cristiano Ronaldo, namoro" e "pichas frescas".

Estou desiludido.

sexta-feira, junho 25, 2004

O hino antes do jogo. 

Ter familiares que vertem lágrimas quando o hino nacional é entoado provoca em mim uma de duas reacções antagónicas: risos e arrepios.

Portugal 2 – Inglaterra 2 

Este Europeu tomou conta deste belo povo. Até os mais fantásticos sacanas reactivos estão rendidos à manifesta sociologia e cultura do evento: deste e da curiosidade de viver um Euro/Mundial no estrangeiro. Neste jogo, realço apenas 3 aspectos:

- O cansaço que tomou conta dos nossos rapazes não lhes permite nem mais uma celebração em família;
- O Ricardo Carvalho subiu para o Top3 de melhores centrais do mundo;
- Como boa pessoa que considera o maradona o melhor futebolista de todos os tempos, mantenho as minhas dúvidas quanto à Rooney-mania-que-de-Pelé-não-tem-nada que por aí circula;
- O Rui Costa...maravilha!

Espero que, nas meias-finais, joguemos com a Suécia para receber mais mails do “Porque não ganhamos o Euro…”

Constato: 

O Euro 2004 é para ser festejado em família!

quarta-feira, junho 23, 2004

Parabéns! 

Ao Aviz (atrasado) e ao Avatares-de-desejo pelo primeiro ano de muitos que se querem.

Escatologia. 

Na cidade onde vivo, Queluz, abriu um bar com o nome de QLux. Aproxima-se, a passos largos, o fim dos tempos...

Não é só o Mourinho... 

ela: "Acho que Portugal não vai ganhar à Espanha."
eu: "Porquê?"
ela: "Porque não temos uma equipa coesa. Temos boas individualidades que não resultam no conjunto."
eu: "Raquel...que é que tu andaste a ver...?"
ela: "Ouvi dizer isto no último jogo..."

Estou esclarecido.

segunda-feira, junho 21, 2004

Alto nível de comentários na TVI! 

Não tenho dúvidas:

Se o Mourinho tivesse um blog, seria assim que escreveria.

Portugal 1 - Espanha 0 

Foi um grande jogo, uma grande vitória. Está agora encontrada a selecção mais forte que temos no momento:

Ricardo - com 'ais' a m'ais';
Miguel - Defende bem e abre espaços no ataque;
Ricardo Carvalho - Um dos 5 melhores centrais do mundo;
Jorge Andrade - Meu colega de carteira no 7ºano, a quem tive o privilégio de dar umas cuecas valentes. Bom jogo;
Nuno Valente - Muito forte. Surpresa maior, para mim...
Costinha - Aquilo não se falha Costinha pá!
Deco - Passa por quem quer;
Maniche - Corre muito, luta, circula a bola, remata...enfim, não gosto deste gajo mas jogou que se fartou;
Cristiano Ronaldo - Tivemo-lo na 1ª parte, o nosso matraquilho desequilibra muito;
Figo - É a nossa bandeira!
Nuno Gomes - Os Euros inspiram-no. Titular indiscutível.

Ver o jogo com os comentários do José Mourinho é um novo passo para a aprendizagem futebolística. Que diferença para os nossos Niculaos de Melo e afins. Magnífico. Todos, foram todos bravíssimos, com vontade de ganhar, de passar a primeira fase, de nos complicar a tensão arterial. Este mindinho não engana: "no mínimo, quartos-de-final!"

PORTUGAL!!! 

"Pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois, pois."

Luís Figo, nos festejos do golo português.

Estou brutalmente contente, chiçççççççça!!

sábado, junho 19, 2004

Pai. 

Um avô babado destaca-se dos demais avôs por não se preocupar com a coerência, lógica e profundidade do que diz ao seu afortunado neto. Tudo, que não sejam sentimentos profundos, se torna secundário. Hoje, na Fnac do Chiado, o avô babado não resistiu aos olhares marotos do pequeno em direcção ao DVD que se apressava a ocupar os espaços, sempre saltitantes, no rol de necessidades básicas (entenda-se, imediatas)do menino de 2 anitos. Num suave gesto, intrepôs a íris entre as escuras sobrancelhas e os seus companheiros óculos de longa data e disse: "Olha Ruben, é o DVD do Demo."(leia-se D.e.m.o.) Não fosse este um avô babado, e seria melhor dedicar-se ao baleiês rumo à Grande Corrente Australiana.

quinta-feira, junho 17, 2004

Nº10 é um nº10! 

Ia eu a escrever algo sobre o Rui Costa (referência deliberada sempre que me vejo em campos pelados com o nº10 do Desportivo de Queijas nas costas), quando me deparo com isto:

Cortesia batukada

Duas notas:

*Se eu fosse o Gabriel Alves, diria que o Rui Costa é um jogador g-e-n-t-i-l!
*Pessoas que afirmam que o Figo pouco joga e que são a favor de brasileiros na selecção (e aqui o princípio estará sempre á frente do resultado) não merecem ter bilhetes para os jogos de Portugal. Adquiro bilhetes de desistentes.


Os distúrbios dos ingleses em Albufeira 

Vejo uma reportagem da Sky News onde são mostradas imagens de ingleses a apanhar lixo e duas inglesas em topless em praias nacionais. A imparcialidade é inimiga da razoabilidade.

terça-feira, junho 15, 2004

Euro 2004: Apegos genuínos. 

Ora aqui estão razões mais que suficientes para explicar os meus apegos nos europeus:

- Ser um português á antiga;
- Ter iniciado a arte dos beijos, aos 6 anos, com a sueca Yvonne Ryding quando foi Miss Universo em 1984; (com a sueca, salvo seja...com a televisão e o pause no vídeo);
- Ter como referência, no europeu de 84, o avançado Preben Elkjær (a Dinamarca tinha uma equipa brutal com nomes como Allan Simonsen, Søren Lerby, Jesper Olsen, Michael Laudrup, Morten Olsen - actual seleccionador);
- Ter desejado, aos 14 anos, ver o Flemming Povlsen no Benfica;
- Viver com o peso dos caracóis que me impossibilitaram de andar com o penteado típico do jogador de leste dos anos 80 (nem curto, nem grande, mas descaído quase quase a tocar nos ombros);
- Gostar de olhos azuis;
- Preferir os ordeiros aos chicos espertos (os ingleses não são para aqui chamados);
- Antever o dia em que durante uma semana de Euro ou Mundial, futebol e refrescos no estrangeiro façam a agenda do dia;
- Considerar o público inglês o único que me consegue manter alheado do jogo;

Tenho 5 selecções que não me deixam indiferente nos jogos que vejo: Portugal, Dinamarca, Suécia, República Checa e Inglaterra.




PS: Ainda existem as noites em que acordo a meio do relvado.

segunda-feira, junho 14, 2004

Gestão e motivações. 

Organizar, administrar, afectar recursos, controlar, avaliar, corrigir são conceitos teóricos básicos de gestão. Trabalhar na área financeira desafia a cegueira, a distracção e o conhecimento genuíno, mercê da ignorância de conceitos como poder e sabedoria. Gerir a Vida é gerir motivações. Recordo as discussões com T. acerca de uma profissão mais ou menos humanista, mais ou menos cristã. Na altura, ouvir falar de medicina convencia a maior e mais pura das ingénuas intenções. Felizmente, a adolescência passou e com ela o lirismo exclusivo de uma válida profissão. É cruel falar em válidas profissões. O que fazemos da vida é necessariamente resultado dessas motivações que procuramos, independentemente de onde estejamos. Assumo essa procura como avalio uma obra de arte: boa arte é aquela que nasce da necessidade. A pobreza da reflexão não serve de desculpa. Tenho dificuldades com as grandes obras e movimentações missionárias, como prova de motivações correctas. O dia-a-dia é dos pesos que mais atrapalha as minhas concepções teóricas á volta do cristianismo. Sei que é nele que escorrerão os meus movimentos e palavras que, aos poucos, quero construir em Oração. A praxis diária não exige modelos nem dialécticas estáticas por nós criadas. A vida é, antes, um processo estocástico disciplinado sem grandes planos, sem grandes projectos. Eles virão, se tiverem que vir.

sábado, junho 12, 2004

Portugal 1 - Grécia 2 

Estou, no momento em que escrevo este post, a viver a desilusão de algo que tinha como certo. Quem me manda ser tão urso, sempre com as favas contadas...? Duas coisas em jeito de comentário: O Deco tem que ser titular; temos jogar só com 1 trinco e 2 pontas-de-lança. Por isso, agora, organizem-se! O que importa reter é o comentário de alguém (que me faz apelar ao silêncio na sala e a aumentar o volume da televisão) teceu antes do jogo. Minhas senhoras e meus senhores, Gabriel Alves:

"A Grécia construiu uma equipa muito defensiva como que a dizer a Portugal: Vem!"

sexta-feira, junho 11, 2004

A bandeira. 

Ouvi diversos comentadores desportivos a abordarem o tema das bandeiras nas janelas dos portugueses como um sentimento patriótico de saudar e elogiar. A esta abordagem costuma-se usar um termo feliz: Palhaçada. Hoje à tarde, um historiador referia, e muito bem, que nada tem a ver com auto-estima ou patriotismo escondido, qual vulcão que deseja a erupção. Tem, antes, a ver com o momento festivo, de euforia futebolística, cultural e substancialmente mais objectiva que a clubística. Afinal de contas, vivemos num país que gosta de futebol e, ainda mais, de épocas festivas. Eu estou com a Bomba: Até 4 de Julho, não sai da janela!

Caracóis e filosofia. 

Sou um adepto devoto de caracóis. Assim como no Inverno 'tomar café' é um estado de espírito, no Verão, 'comer uma caracolada' já não o é. Os caracóis valem pelo que são e não pela companhia que se tem à mesa. Exagero. Exagero propositadamente. Para quem gosta, quilómetros são percorridos em busca do melhor molho, do chupão mais saboroso. Para quem não gosta, o melhor é seguir o conselho do Nuno que sugere que "o caracol não é um bicho filosófico. Não podemos entrar em contemplação com o caracol, muito menos em pensar se faz sentido devorar o dito bichinho. É olhar e comer."

Fica aqui dado mais um passo na caminhada para a Felicidade Real (com maiúscula).

E esta é a razão de uma semana de ausência desta sala: 



ASTOR PIAZZOLLA
THE ROUGH DANCER AND THE CYCLICAL NIGHT (Tango Apasionado)

Rilke, Mexia e João C. Neves. 

Na noite de terça-feira vi o Chefe Silva sozinho sem ninguém para dar autógrafos. Num laivo de fraqueza intelectual sugeri: "Vou oferecer o livro de receitas ao meu pai!" Em 3 segundos, já ponderava a falta de razoabilidade daquela afirmação, não pelos cozinhados paternos mas por um humanismo bacôco olarilolé. Segui, rua acima, até ao auditório onde algumas estrelas blogosféricas se dispunham a questões entre literatura e jornalismo (que ganhou substancial interesse quando o Joel Neto intrometeu o futebol na compreensão literária. Tenho, em memória, uma notícia que mudou a minha visão acerca do jornalismo desportivo: "Bossio foi ao dentista."). Bem, o que realmente interessa referir com este post é a disponibilidade simpática desta juventude!

segunda-feira, junho 07, 2004

Plástico. 

Entre a Madonna e a Britney há várias diferenças. Várias, não. Eternas diferenças.

sexta-feira, junho 04, 2004

Slipknot e a mulher de uma aldeia minhota. 

O concerto dos Slipknot no Rock in Rio foi, de facto, brutal. Não é coisa que ouça com muita frequência (aliás, acho que nem um album completo conheço), mas gosto da violência exagerada que impõem durante a actuação. O que realmente importa é o comentário da Sic Radical: "É bom ver que as pessoas encontram estes espaços para estarem reunidas e não ser só o futebol a comandar as pessoas. Muitas vezes é preciso haver assim este caos, para que as pessoas possam projectar tudo o que se passa com elas e, depois, seguirem para casa serenas e tranquilas." Estes maniqueísmos simplistas dão-me a volta à cabeça. Fico com uma vontade incontrolável de me rir. Melhor que isto, só a minha mãe a suspirar sons admirados cheios sustenidos e bemóis, em jeito de comentário aos consecutivos piretes manuais encorajados pela banda.

ó xô Dr.! Por amor de Deus...Oiça... 

Um colega de trabalho move-se descontraidamente, de cintura descaída, braços entregues a si próprios, calcanhares que acompanham os ácaros rasteiros a cada centímetro que percorrem, como quem vota, numas eleições, "abstenção". Tenho explicar-lhe o porquê da constante fricção entre humanismo e competência profissional. No dia em que a informação for assimilada, somos progenitores de comunicação social.

Aqui viola-se, aprimoradamente, a honra de um Patriarca.

quinta-feira, junho 03, 2004

Uma questão para ser respondida por quem sabe: 

Mas por que raio é que todo o bom português diz que tem o sangue mais raro?!

Nota escrita a caneta. 

Estar brutalmente ocupado é tão vil como ser egoísta. Pior, estar brutalmente ocupado é ser estupidamente egoísta.

quarta-feira, junho 02, 2004

Reajo tarde, mas reajo. 

Todos concordam que o Mexia era a pessoa que poderia tornar legislativo a correcta aptidão para (de)ter um blog. Ainda não comprei o livro (que o farei), mas perde-se aqui a boa disposição diariamente intermitente que incitava à procura do bom humor nas situações do dia-a-dia. O passado vale pelo que foi, não pelo que se guarda dele, tais são as dimensões holísticas das repercussões que trazem. Vai-se o Pedro, fica o maradona!

É o tom, é o tom... 

Eu gosto de ler a Inês.

Scottie! * : ) 

A Maria fez 1 ano de blog! A Maria é uma musa cibernética para muitos dos seus leitores. Sem dúvida, a maior relações públicas de caracoladas instantâneas com quem tive a oportunidade de conviver; o melhor café sorridente que se deseja ter para recuperar a alegria ingénua dos tempos do antigamente; Condição sine qua non para uma boa estadia no #livro; Parabéns, m'nina!

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