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terça-feira, novembro 30, 2004

Mais um sobrinho para instruir, aí a caminho!!! 

O primeiro, e único até ao momento, gosta de dançar e tem três canções que me pede para colocar na grafonola. Já passei serões de mais de uma hora com estas três canções no repeat a pedido do pequenito. Diz ele: "Kalanico", "Peibec" e o "Dacacão".



Para o que vem a caminho, preparo já material a condizer. Estou só indeciso nas quatros letras a aconselhar - se as Doce, se os KISS.

É desta que a comoção me destrói a virilidade: 

Como dizer...

Hmmm... Bem,

Vou ser tio, novamente!


segunda-feira, novembro 29, 2004

Eu assumo, desde já, que gosto da ingenuidade do Amor. 

A enormíssima batukada coloca a questão das mutações musicais no gosto, na pachorra, na postura sebem enquanto, pouco a pouco em cada dia, o fascínio devora o esclarecimento estético sem olhar a meios, muito menos a impressões. Eu, que por amor adolescente, viajava de walkman sintonizado na Whitney Houston, respondo: Não! Não há nada pior que destruir uma antiga constatação razoável por amor - não é amor que lhe chamo: seja, fascínio. E mantenho igual despotismo acelerado: No dia em que estiver noivo - digo-o aqui, em tom confessional, que me emociono com estas coisas - seja anátema se, sequer, ponderar em colocar o auricular esquerdo para ouvir a banda sonora do Bodygard. E para sustentar esta minha opinião, aqui fica uma estrofe do que foi o início de um fascínio adolescente:

Count on me through thick and thin
A friendship that will never end
When you are weak I will be strong
Helping you to carry on
Call on me, I will be there
Don't be afraid
Please believe me when I say
Count on...

E agora, todos juntos: AHAHAHAHAHAHAH!!!!!


sexta-feira, novembro 26, 2004

Os Ninivitas. 

As contruções humorísticas à volta do que cada um compraria com uma vitória sem espinhas no euromilhões é incontornável. Ontem, em pleno Estádio da Luz, sugeria que se ganhasse, imporia uma taxa de ausência dos jogos - para sócios - que rondaria os 100€/jogo. De resto, era tudo de borla. Tinham é que ir!

Bem, o que me impulsionou a escrever este post é o instinto da resposta à questão. Sem dúvida que jamais começaria por responder com um "Compraria...". Antes, diria que os fins-de-semana musicais - entre ensaios e gravações - em casas ao pé da praia seriam encarados com uma frequência brutal. É isso mesmo que vou fazer neste fim-de-semana: fingir que ganhei o euromilhões.


Dínamo Tbilisi - Sporting 

E na Rádio Renascença ouvia-se...

"E aí vai Tinga Tinga Tinga, que grande Zé Piqueno!"

quinta-feira, novembro 25, 2004

Red Light III 

As crianças do nosso país deveriam ser mais solícitas a responder à questão “O que é que queres ser quando fores grande?” com um valente: “Turista!”


quarta-feira, novembro 24, 2004

Tá o dia ganho! 

O que eu invejo é a mestria humorística com que este iconoclasta inveterado nos brinda!

Red Light II 

Visitei o Hash Museum. Nele, a história, os benefícios para a saúde, os exemplos de plantações, os produtos caseiros, as amostras, etc. mostravam a naturalidade de algo natural na região. Até palavras de Jesus se viam escritas nas paredes em abono da causa. O resultado era só um: nos barcos, transportes públicos, bares, centros comerciais, jardins, casas de banho públicas e privadas, e por aí fora lutava-se pela uniformização do odor da cidade. A erva é ali fonte de inspiração. Inspira-se.

Red Light I 

Nao me senti inseguro nas vielas do Red Light District. Senti-me sim, inseguro, quando uma cavalona holandesa revisora do eléctrico nº2 me ordenou que lhe mostrasse o bilhete porque não podia cheirar se eu o tinha. Não exprimi nem um único som.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Caramba! Vi o Waits! 

Foi o melhor concerto que alguma vez vi, sem dúvida alguma. O aspecto teatral, os gestos, os movimentos, a voz (ai a voz)... era o Waits. Aparece em palco com genica dialogante, algo sempre cómico ao mínimo suspiro cavernoso que emite. Percorreu a maioria dos temas do Real Gone (o Hoist That Rag foi de uma brutalidade punk'77), alguns do Alice, Blood Money, Mule Variations, The Black Rider, entre outros. Alguns dados:

- O Waits não gosta de lojas com nomes como "Sissy Boy";
- À 2ª música, pára-a a meio para desancar no staff do som, coloca uma piada e siga a dança!;
- O percussionista dá um corpo brutal áquela peça de teatro (e sabe o que significa 'simplicidade');
- O Marc Ribot é o melhor guitarrista do mundo, arredores (céu incluído);
- 2 encores com interlúdios de mais de 5 minutos em ovação, de pé;
- À entrada estavam à venda todos os albuns por 8€

É uma experiência a repetir, um dia. Fiquei emocionado, pois. Foi tudo muito intenso, muito sonhado, muito inspirador. Tenho o vídeo do concerto que gravei à socapa, assim como algumas fotos que foram sendo tiradas no decorrer do mesmo. Se alguém as quiser é só escrever para Pianodrunk@hotmail.com





PS: Esta última parte é treta.

sexta-feira, novembro 19, 2004

1 dia. 

Bem, vou ali a Amesterdão ver o Waits e já volto.




É lógico que estou a roçar a irrazoabilidade da euforia permitida por lei. Pela nossa lei. Esta ansiedade prazenteira sabe bem. Ah! Já me esquecia: e se o Pianodrunk estatelar o focinho nos Pirinéus que fique aqui bem explícito que o final deste blog era suposto ser feito com o conhecimento físico da caríssima Bomba e não com este corpinho de marioneta espalhado no gelo. Que isto fique muitíssimo bem percebido!

quinta-feira, novembro 18, 2004

2 dias. 



Vincent van Gogh
The Cottage, May 1885

quarta-feira, novembro 17, 2004

3 dias. 



Vincent van Gogh
Flower Beds in Holland, c. 1883

SAPO/ADSL - Piso 3 - Sector 25. 

O meu lugar cativo no Estádio da Luz dá-me umas noções de convivência despreocupada e outras, daquilo a que eu chamo de instinto-de-Adão. A primeira concretiza-se na forma como falo (e do que falo) com pessoas que nunca vi na vida. A segunda, na maravilhosa atmosfera que circunda uma mulher quando se levanta a gritar "Goloooooooo!!" Tenho a perfeita noção que uma mulher num Estádio se sente mais desconfortável que a passear junto à obra do Tunel do Marquês.

Outras experiências vivem os meus amigos Bengelsdorff.

Avizinham-se tempos difíceis... 

Amsterdam, Netherlands

Friday
3°C (38°F) -1°C (31°F)

Saturday
1°C (34°F) -1°C (31°F)

Weather.edition.Cnn.com


terça-feira, novembro 16, 2004

4 dias. 


Aelbert Cuyp
The Maas at Dordrecht, c. 1650

Agenda Cultural 

Infelizmente, nunca vi os Ramones, os Sex-Pistols, o Johnny Cash e o António Variações ao vivo. Felizmente, já vi o Cave e o Bob Dylan. Sábado verei o Tom Waits (Chiçççççça, caramba rais parta penico chapéu de côco!). Fica-me a faltar o Benfica Campeão Europeu e a Bomba Inteligente.

segunda-feira, novembro 15, 2004

5 dias. 

.
Johannes Lingelbach, The Dam, Amsterdam, com a Town Hall em construção, c. 1670, Amsterdams Historisch Museum

O conflito fundamental do artista: 

"Pois existe uma velha inimizade
Entre a vida e o trabalho obstinado."

Rainer Maria Rilke

Remoçar com diálogos. 

ela: "Hoje tive para trazer o cachecol que os teus pais me vão oferecer..."

(risos)

(pausa)

(Olho para o chão do lugar do morto)

eu: "Então, saco novo?"
ela: "É o saco que me vais oferecer."

Foi isto que eu sempre quis fazer na minha meninice, caramba!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Mantendo a linha. 

De tempos a tempos apanho uma constipação de me coloca a voz nos domínios da sensualidade evidente. O que estraga um pouco o panorama vocal é a voraz propensão para comer. Findo o almoço, um bolo. Findo o jantar, 2 pães a seco. De olheiras carregadas e gestos lentos vou-me arrastando pela cozinha à procura da cura que trave os intentos do vírus mal-amado. Bem, tudo isto para dizer que se pensarem em convidar-me para um lanche, perguntem-me primeiro se estou constipado. A bem das vossas carteiras…



PS: As respostas aos e-mails aguardam melhorias face a um vírus desordeiro. Substancialmente mais desordeiro que o cão evangélico da Papoila.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Federalismo confessional? Nããã, perdia a piada toda. 

Das coisas que mais me tem divertido nas discussões causadas pelas temáticas Aborto e Homossexualidade é a parafernália de explicações inutéis de ambos os lados. Eu estou num dos lados. Detesto a mornidão indecisa e excessivamente compreensiva. Este post nada tem de explicativo. Neste post lançam-se conceitos distintos (e tantas outras vezes antagónicos) como Valores e Respeito, Cosmovisão e Convivência. Quem quiser que os apanhe. Quem não quiser, que se lixe.




PS: Tenho de referir que achei um primor o Boss das Renas e Veados dizer que é preciso ter o Tiago debaixo de olho. Ó meu amigo...haja tempo! São coisas destas que me amarram à blogosfera!

"Vão chatear outro!" 

Pior que um intelectual com orgulho de ser intelectual, é um intelectual cristão com carácter valorativo sobre a sua fé.


quinta-feira, novembro 04, 2004

Conselhos de amigo: ler com ambiência 

- Pousada D. Maria I, em frente ao Palácio de Queluz, na sala de chá e café. Tem uns sofás, umas cadeiras reais, uma luminosidade, um silêncio clássico e uma aguardente velha de nível que nos permitem visualizar o prazer de ler em tardes de chuva intensa, ainda que o sol brilhe na rua.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Um presente que muito apreciei. 

Aguardente Velha - Adega Velha da Casa d´Avelheda



terça-feira, novembro 02, 2004

Bush, Kerry e o Dr. Mário Soares. 

Movido pelo entusiasmo eleitoral americano atentei para o que 4 comentadores diziam no programa Prós e Contras da RTP de ontem à noite. Os comentários a favor de Kerry não tinham nada de Kerry – provavelmente nem deveriam ter -, os comentários a favor de Bush sabiam já com o que contavam. Eu, não votaria no Bush. Também não votaria no Kerry. Provavelmente emigraria para Portugal onde há mentes brilhantes a analisar as eleições americanas. Em primeiro lugar, o Dr. Mário Soares e a habitual ignorância religiosa quando aborda o tema born-again christians (mas é que é de uma burrice tão extrema de quem não sabe do que está a falar que quase preferia ter a Ana Afonso a abordar a temática). Em segundo lugar, o Dr. Mário Soares e a habitual verborreia social quando diz que se Bush perder haverá paz no mundo e um ar fresco respirável. Em último lugar, o Dr. Mário Soares e a habitual inconsciência da realidade americana quando diz que as universidades, aos artistas, a inovação, a ciência, os intelectuais, etc., estão todos do lado de Kerry, algo que para nós (portugueses de mentes brilhantes) é tão óbvio. E eu a pensar que aos 12 anos tinha 4 autocolantes “Vota Soares” na escrivaninha do meu quarto…

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