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quarta-feira, dezembro 22, 2004

E assim foi concebido o melhor disco de 2005. 



terça-feira, dezembro 21, 2004

Bandas portuguesas com nome em inglês é meio caminho andado para a perdição. 

Passei boa parte do meu incío de juventude em festivais de música moderna e concursos de música moderna. Hoje, percebo que essa iniciativas não interessam nem ao menino Jesus. É uma seca tremenda. A começar nos nomes das bandas - inglesadas que causam náusea - e a acabar nas canções propriamente ditas - letras e músicas más, muito más. Quando se faz música, que não seja para agradar aos amigos e a um júri que na maioria das vezes tem como músicos preferidos o Ben Harper, os Muse, os Linkin Park e os Toranja, presume-se a não comparabilidade da mesma. Existem critérios e os gostos discutem-se. O que não se discute é a presunção de quem a cria. E quanto a isso, pouco há a fazer.

3% 

Caminhar para um objectivo público com base em medidas extraordinárias é contradizer as regras do jogo, o objectivo e o espírito dos parâmetros traçados. Resta-nos saber que jogo jogamos, se o da máscara económico-social obsessiva pelos números, se o da exigência, competência e responsabilidade de quem gere os dinheiros públicos.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Haverá melhor tripla que esta?! 



Domino - Speaking about why he took the role, Waits said: "They won me in a poker game."

Um Bom Natal! 

Tenho dificuldades em pensar no que está subjacente ao desejar Um Bom Natal. Acima de tudo, festejo o nascimento de Jesus. Mas...desejar o quê, afinal? Umas boas recordações religiosas? Promover a consciência do significado festivo? Desejar uma semana repleta de tretas emocionais? Desejar que se gaste uma pipa de massa para o Natal ser mais feliz para todos? Eu gosto de músicas de natal, do quente confortável que as luzes da árvore proporcionam (O Nat King Cole é exímio neste ambiente), de dar prendas à família e aos amigos e tudo o mais que me faz questionar o desejo de Um Bom Natal. Respeito muito a tradição. Boa ou má, é a nossa tradição: Gosto de estar em família e estou-me a ralar para a extra-paciência-benevolência solicitada pelas campanhas humanistas que por aí circulam. Não por elas, mas por quem se vê comovido pelas mesmas apenas nesta altura do ano. O Natal não é todos os dias, essencialmente pelo seu significado. A não ser que se mude o nome da festividade - como querem fazer alguns iluminados - para "Festa das prendinhas" ou "Saltemos juntos nesta bacalhoada do Amor". E como não sou gajo - esta expressão é bestial - para grandes optimismos humanistas, desejo a todos Um Bom Natal!

Bola Branca, 1ª Edição! 

Um colega de trabalho pergunta-me se a "Bola Branca" da Rádio Renascença ainda existe. É um clássico. Respondo, convicto, de que faço os meus horários de deslocação e almoço de acordo com os da emissão radiofónica. Pelas 8:30h, 12:45h e 18:15h não me encontro perto de um telefone fixo.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Isto explica-se. Não por mim, mas explica-se. 

Estou num cliente e conheço um ex-ministro. É impressionante o grau de correlação de ministros com a pequenez. É sintomático.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

A minha Padrela e os Nirvana. 

Aos 11 anos ganhei uma guitarra de mandeira de marca Padrela. Grande caixa, um bom som. Algum tempo depois, entregava-me aos movimentos viscerais da música. Nada honesto. Tinha comprado uma Ovation eletro-acústica quase maior que o meu tronco. Esse foi o ponto de partida para um acto irreflectido de destruição da minha Padrela. Há erros que necessitam de arrependimento.



quarta-feira, dezembro 15, 2004

Em Janeiro, na Luz! 

Se o Rui Costa aceita ir para o Atlético de Madrid por empréstimo desmorona aqui uma referência de amor à camisola, essencialmente ingénua, julgada possível de ser razoável.

O primeiro ano de infantário. 

eu: "Então, o que é que fizeste hoje na escola?"
Ruben (sobrinho): "cócó..."
eu: "E mais...?"
Ruben: "xixi..."
eu: "E que fizeste mais...?"
Ruben: "Jogos."

Cada coisa com a sua ordem devida de importância.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Brasiuu 

Tenho uma irmã que chegou do Brasil no passado Domingo, onde vive há 2 anos. Era inevitável a assunção dos trejeitos linguísticos do novo habitat. Sempre que exprime um 'T' com cê-agás à mistura franzo o sobrolho e tremo as pálpebras. Desconfio de quem larga esta língua tão áspera. Há uns meses, pediu-me um presente. Enviei-lhe, amavelmente, um dicionário da língua portuguesa com uma dedicatória especial.







PS: Não desconfio da minha irmã, obviamente.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Exercício ao Piano 

O calor cola. A tarde arde e arqueja.
Ela arfa, sem querer, nas leves vestes
e num étude enérgico despeja
a impaciência por algo que está prestes

a acontecer: hoje, amanhã, quem sabe
agora mesmo, oculto, do seu lado;
da janela, onde um mundo inteiro cabe,
ela percebe o parque arrebicado.

Desiste, enfim, o olhar distante; cruza
as mãos; desejaria um livro; sente
o aroma dos jasmins, mas o recusa
num gesto brusco. Acha que a faz doente.

R.M. Rilke

Eva Green. 

A partir de determinada altura da minha vida tive que me decidir pela estética do silicone. Arrisco mesmo a dizer que, em matéria de silicone, não pode haver meio termo. Hoje, em pleno séc. XXI, estou mais naturalista que nunca.


Belenenses 4 - Benfica 1 

O Benfica foi goleado. Felizmente que foi pelo 'Guelenenses', o meu clube aos 2 anos de idade. Estavam decorridos 2 minutos de jogo e já dizia: “Hoje, fico satisfeito com um empate.”
É óbvio que ‘Amoreirinha’ nem sequer é nome para se poder ser jogador do Benfica. É lógico que o Argel... eu já nem sei o que é lógico no Argel. O Geovanni faz 45 minutos bons por época espalhados pelos 34 jogos. O Karadas tem menos técnica que metade da equipa do Desportivo de Queijas. Falta qualidade, falta acima de tudo, raça. Ali, ninguém joga nos limites (com excepção do Petit e do Simão). Se ao menos lessem a Somatos...

De quem eu gosto é do Trapp. Termina o jogo e, nas calmas, assume uma postura tranquila do estilo “levámos 4 e a vida continua”. Deixou-me calmo. Hoje acordei, fui para o trabalho. Calmamente.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Era assim que estava escrito: 

Gosto de ti do tamanho da minha inteligência! Que frase. Sou um génio!

É certo e sabido. 

Quando mantemos um grupo de amigos desde a infância, é certo e sabido que o bom humor é o que sustenta, com arcaboiço, os deslizes idiossincráticos dos presentes.

Ligação. 

Este blog encontra-se constantemente ligado nesta Transmissão Especial.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Filosofia. 

Sempre que a desconstrução racional, que enquadra a vida, afoga o que se tem e o que se é, as perguntas sufocam e obrigam o artista a entregar-se ao seu próprio vómito. Não se é feliz.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

O desafio de ler, a ver. 

É uma das minhas referências naquilo que vejo de televisão. Por entre uma procura localizada, na Fnac, por um russo antigo, deparo-me com uma capa amarela e uma cara conhecida. A esta altura, duas jovens de anca delgada e pouco peito, divertiam-se a desfolhar alguns livros, na prateleira de psicologia. Leio o título: "Nus de pessoas famosas" - Jon Stewart. Compro. O Jon é símbolo humorístico, estético e de classe a reter. Qual reter...a copiar, mesmo! O livro é bom, a tradução difícil (mas muito bem feita). Nestas alturas, queria ser americano, mas nasci português. Queria dizer one-two-three, mas tenho que dizer um-dois-três. Não me perguntem pelas duas jovens de anca delgada e pouco peito; é que não faço a mínima ideia por onde lhes pegar para as inserir no post.




Bob Dylan: CBS - Entrevista com Ed Bradley, no "60 Minutos" 

"My stuff...[they]were songs...they weren't sermons. If you examine the songs, I don't believe you're going find anything in there that says that I'm a spokesman for anybody or anything, really," says Dylan. "[Those who feel that way] must not have heard the songs."

Mai nada!

Dec. 5, at 7 p.m. ET/PT.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Eu sou Miguel Sousa e estou satisfeito com a dissolução! 

Leio o Rui, que escreve: "O Nome que Santana levava no bolso como futuro-ex-ministro de Desporto era o de Miguel Sousa, um dos putativos delfins de Alberto João João. Mas, em mais uma "santanada", ninguém no PSD ou no Governo se lembrou de investigar o passado "desportivo" de Sousa. Que é cheio de surpresas."

Já não me bastava ter que lidar com o oráculo de Beninni, do Miguel de Sousa, e ainda tinha agora que levar com este Miguel Sousa no Desporto, de passado duvidoso. Isto tem que acabar. Estas perseguições têm que acabar. Pais e mães deste país: Nada de mais 'Miguel Sousa's nas fichas das criancinhas indefesas.

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