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sexta-feira, setembro 29, 2006

Partilhamos a cumplicidade do fascínio pelo termo. 

Para o meu amigo Paulo.

Escroque: indivíduo que se apodera de bens alheios por meios fraudulentos; vigarista; trapaceiro.

Sou contra a palavra torpe da mulher. 

Uma colega de trabalho, que não conhecia, colaborou comigo numa formação conjunta. Ela, elegante, prometia sobriedade na postura. Agradam-me senhoras pouco à vontade onde o essencial se mostra de forma responsável. Dois minutos e trinta e sete segundos de conversa e dizia-me que não percebia «um peido» - repito, «um peido» - de já nem me lembro o quê. Daí a um sumido «foda-se» decorreram sete segundos e meio. As apresentações estavam feitas. Permaneci calado, estático, desacreditado.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Do Amor, esse sim, insubstituível II 

Prefiro o ódio à indiferença.

Do Amor, esse sim, insubstituível I 

Será plausível que um pastor, um diácono ou um membro da união feminina usem os termos nós e eles?

terça-feira, setembro 26, 2006

Prognóstico: Benfica 1 - Manchester United 1 

É óbvio que o Benfica de Fernando Santos não tem pedalada para passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. Não fosse eu benfiquista e diria que passar a fase de grupos seria um milagre semelhante à detenção de Pinto da Costa no âmbito do apito dourado. Na realidade - termo irritantemente utilizado pelo nosso treinador - há moleza a mais, competição a menos, compreensão nos píncaros da insanidade mental, social, política e tudo o que de mais societal há neste mundo. Pergunto-me, por vezes, acerca da postura com que o Petit vai para o treino - uma autêntica batalha na consciência do rapaz, já que não pode morder, salivar, ceifar pernas, mas apenas compreender o que, na realidade, o Benfica quer fazer. Eram 18:23 quando, n´A Bola Branca, Fernando Santos dizia que não estava preocupado com a forma do Benfica, dado que no jogo com o Paços de Ferreira «tínhamos sido senhores do jogo, criado oportunidades de golo, confiantes da vitória, factores que contribuiam para o elevado estado anímico dos jogadores», apesar do empate absurdo. Dizia ele - até me custa escrever isto - «que o Benfica está perto daquilo que todos (equipa técnica e jogadores) esperamos e queremos que esteja». O mínimo que se exige a Fernando Santos não é vencer o Manchester, não é pôr o Benfica a jogar futebol, nem sequer vencer na Vila das Aves. O que se pede é ilusão. Que passe o resto da vida a dizer que ainda não estamos como pretendemos (uma inevitabilidade eterna com Fernando Santos), que as lesões de há 3 anos ainda influenciam o fio de jogo da equipa, que Jorge de Brito é o grande culpado por não ter trazido o Paul Gascoine. Que tenha o seu mérito no ilusionismo rectórico. Agora, não faça de nós néscios!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Salvação no aperto de deixar o petiz na creche. 

Este é o Sr. Hamburger, o melhor amigo do meu filho de 1 anito.



Nota religiosa. 

É preferível estar apartado de Deus que instrumentalizá-lO de acordo com a vidinha cheinha de projectinhos nossos.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Elegância na consultoria. 

Hoje passei o dia a dar formação a novos catraios(as) que pretendem passar os próximos dois anos da sua vida a trabalhar que nem uns hereges. Como sou susceptível a pronúncias requintadas digo-vos: as miúdas do Porto têm muita pinta.

Nunca serei baterista, apenas o gajo da bateria. 

Tenho formação em piano mas passei a minha vida musical com a guitarra nas mãos, a imitar, inconscientemente, o Keith Richards. De facto, nunca toquei bateria até há 3 semanas atrás. Refugiando-nos no auto-convencimento de visionários das canções, desafiei a minha descoordenação evidente com tambores, em busca do que não se faz neste país e precisa urgentemente de ser descoberto. Sei que personifico o coelhinho da duracell com exímia eficácia. Temos um concerto marcado para dia 5 de Outubro, no Barreiro Rocks, facto que antecipou algumas angústicas de preparação. Aflige-me, principalmente, o teste de som, dado não saber os nomes técnicos, não saber apertar os tripés, pratos e afins. Sou rígido no ritmo e faço barulho simples com estilo, apenas. Na bateria, não sou um gajo dócil. A alma antes do virtuosismo.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Não é este o caminho. 

A grande chatice de perdermos o ritmo no blog é darmos por nós a sermos varridos com tanto a tamanha velocidade que ficamos sem saber por onde recomeçar. É albatrozes para ali, Intelligent Design para acolá, e eu aqui, meio perdido, a tentar enquadrar o albatroz na evolução.

terça-feira, setembro 19, 2006

Arranque. 

Este regresso aos blogs, depois das férias, tem sido complicado. O regresso mais fácil até à data foi em 2003, para homenagear o Johnny Cash, aquando da sua morte. Voltarei em breve, com os vivos. Prometo.

terça-feira, setembro 12, 2006

Prós e Contras de ontem. 

Pacheco Pereira: "Temos que ter o mínimo de racionalismo nos argumentos."

Que o doutor Mário Soares não perceba patavina de história religiosa não é novidade. Que o doutor Mário Soares não discuta com lógica, mas antes se baseie em slogans abstractos de propaganda ignorante, também não é nada de novo. Que o doutor Mário Soares ache estranho falar com Deus, identificando isso como fanatismo religioso, também não surpreende. Que o doutor Mário Soares acredite que os Estados Unidos da América, por terem tido forte influência nos líderes que agora governam o médio oriente, não merece opinião – quanto mais intervenção – naquela zona do globo, também já me habituei. Agora, que o doutor Mário Soares pondere negociar com terroristas, não veja nenhum problema num Irão nuclear, aponte a pobreza como bandeira da Al Qaeda, revele que o evangelismo mundial aos born again christians é a grande Missão secreta de Bush (toda ela retirada do livro de Mateus, n´A Grande Comissão) é que me apanhou descuidado. Tanta verborreia a ser distribuída gratuitamente e ainda andamos preocupados com as armas de destruição maciça.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Sou fã do onze de Setembro. 

Há cinco anos almocei num Chinês com dois Tiagos e vi, em directo, a queda das torres. Mais. Ainda em directo, presenciei um telefonema do José Eduardo dos Santos para um director do BCP em Nova Iorque, onde o primeiro interrompia o segundo para dizer que havia mais um avião a dirigir-se «para aí». É óbvio que o tal director não reagiu. Foi um silêncio humorístico nesta tragédia. Lembro-me de ligar para o meu pai a estimar 30.000 mil mortos e de falar com o meu cunhado (também Tiago) sobre a iminência da 3ª Guerra Mundial. Fiquei nervoso. Gosto disto, admito. Ontem, adormeci no sofá, de onde me levantei perto das cinco á conta de tanta reportagem sobre o 11/9. Hoje, padeço de uma dor de costas terrorista mas estou motivadíssimo para ver o Mário Soares sem perceber o que quer dizer o Pacheco Pereira.

terça-feira, setembro 05, 2006

Praxis. 

Na minha igreja - durante a escola bíblica dominical - falava-se de Cantares de Salomão e das juras de amor eterno. Um homem, desconhecido da congregação, levantou-se dando um testemunho de infidelidade, perda de emprego (daí decorrente), sono ao relento e desonra humanitária naquilo que, com esforço, havia tentado construir. A vida é assim mesmo, quando clamamos os princípios, trememos com os factos. O melhor escudo é admitir as possibilidades, admitir a velha natureza.

De volta 

Percorrido o país de Monção a Cabanas de Tavira, volto com vigor rejuvenescido. Só assim não me perdi em argumentos de auto-comiseração gratuita e de penitência dolorosa por ter deixado o petiz na creche sem um único conhecido. Foi um dia tramado e eu sou um panque lamechas, é o que é.

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