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sábado, novembro 25, 2006

Tarde de Sábado: a família dorme e eu,
disponível para amar.


Hoje, em 10 minutos, mudei três - repito, três - fraldas sem emitir um único ai! 

O lado pernicioso de morar em São Bento é escutar com alguma regularidade palavras de ordem sindicais. Um lado ainda mais preocupante é o educativo. A minha senhora criou um slogan para a muda das fraldas. Sempre que o pequenito faz questão de mostrar que o sistema digestivo está em ordem, ouço "É urgente, é urgente...". Durante meses tolerei o slogan, dada a urgência do facto. Contudo, estranhei a estrutura rítmica e tonal da expressão. À minha pergunta respondeu-me que «É urgente, é urgente, uma política decente!». Alertei-a para os perigos deste registo e nem sequer me beijou.

segunda-feira, novembro 20, 2006

E hoje sai o Orphans! 

Panque-roque do bom!



Há dois anos, quando vi o Waits em Amsterdão, lembro de, à 4ª malha, ter pensado que o ceú seria um sítio com sonoridades semelhantes. O meu desejo é que um dia destes o dito senhor experimente o TrentonaLingua.

domingo, novembro 19, 2006

Um labéu. Um grandessíssimo labéu, é o que é. 

Vi a reportagem na SIC sobre BDSM, ou seja, Bondage-Dominação-Sado-Masoquismo. Mudei de canal a meio, enfastiado. Há coisas na vida que não chego a ter, ou a querer ter, opinião. É que não são só comportamentos abjectos. O que me lixa ali é a perda de tempo. E nem me refiro ao dominador ou ao submisso. Refiro-me, sim, ao tempo em que poderia estar a anunciar a grande notícia do dia 20 de Novembro de 2006 e estava ali a ver energúmenos encapuçados a falar com voz distorcida, como se de algo importante se tratasse. Roço a tentação de utilizar uma louçãzada: é o autêntico supremo da ignomínia!

Não há razão para franzir o sobrolho. 

Estava preocupado com a saúde do meu petiz, apesar do descanso do pediatra. Quinze meses e nem um dente. Fui ao google e pesquisei «síndrome de pessoas sem dentes». Espanto. Existe mesmo. É tão terrível que nada tem a ver com o meu velhinho. A ausência de dentição retira segurança às pessoas. Há mais fragilidade, mais súplica, mais dependência. Sem dentes, há mais mimo.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Há que ser criterioso com a escolha das camisolas. 


segunda-feira, novembro 13, 2006

Grafologia. 

"A inclinação de sua letra mostra que você parece ser uma pessoa equilibrada, educada. Mas é um pouco “fria” com quem acaba de conhecer. A ligação de sua letra revela organização, raciocínio lógico e razoável capacidade de adaptação. A direção de sua letra indica controle, constância e organização, especialmente nas tarefas cotidianas. A pressão que usa ao escrever sinaliza estabilidade e equilíbrio. As áreas valorizadas na sua escrita destacam vigor físico e sexual que se refletem na grande habilidade de expressão corporal. A forma de sua letra demonstra conservadorismo, formalidade e uma certa frieza em seus relacionamentos sociais. Tende a esconder sentimentos." É testar, é testar.
Via elegantíssima Charlotte.

Constato. 

A fé, sem silêncio, é morta.

Self-management. 

O ocupado precisa de ter tempo para desperdiçar a bem da sua criatividade. Ao artista, é de grande utilidade, este desperdício. No fundo, a inspiração é dissipação do picuinhas. A madrugada é fatal neste processo.

sábado, novembro 11, 2006


quinta-feira, novembro 09, 2006

Serões em família. 

Caro Paulo,

Concordo em absoluto. O Gonçalo Martins de Mello é quase tão bom como o Zé Maria Vilar. Escroques da melhor espécie.



PS: Acredito que tenhas adorado a entrevista da Nelly Furtado ao Telejornal da Sic na noite de ontem. Imperdível!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Notícias de Itália II 

Cheguei a Milão numa segunda-feira. Fiquei hospedado no mesmo hotel que a equipa do Livorno (iam jogar contra o Inter em San Siro), onde joga o nosso Vidigal. Como bom português que sou não pude deixar de cumprimentá-lo, o que quase me garantiu uma camisola dele. Quase, porque o Livorno, após o jogo, não regressaria o hotel. E lá fui eu ao Giuseppe Meazza. Colossal, imponente, altíssimo. Subi tantas escadas que lhes perdi a conta. O barulho é imenso, intenso, contagiante. Impressionante claque aquela, com umas 10 ou 15 mil alminhas que não se calaram um minuto. Até nos preço me surpreenderam: 17€ para homens e 11€ para senhoras. Exemplar. O Inter lá deu 4 ao Livorno e o Figo é o maior. A seguir ao Materazzi, claro, que não perdeu a oportunidade de pisar um adversário no meio campo.
Na sexta-feira já tinha saudades de casa, ansiava voltar para perto do filhinho. E lá voltei! Falta de atenção a minha. Afinal de contas, no dia a seguir ao do meu regresso era o grande Milão-Inter e estou certo que, daqui a 15 anos, o pequeno me agradeceria por poder testemunhar esta maravilha.

Notícias de Itália I 

Sempre me senti bem no estrangeiro, de modo que Milão não foi excepção. Sentir-me deslocado dá-me liberdade para estar como quero e bem entendo sem preocupações reais. Não que aqui me sinta preso mas, vocês sabem (claro que sabem), é diferente. É uma cidade sofisticada, na medida em que os milaneses são sofisticados. Aliás, a grande frustação da sofisticação é não ser milanesa. As mulheres lindíssimas, os homens arrojados, as miudinhas atrevidas, os putos arriscados, os sessentões seguros de si, as tias excêntricas, é tudo sofisticado. Pelo menos, no centro de Milão (Duomo). A via Montenapoleone, sublime. Prada, Armani, Dior, Gucci, Louis Vuitton, Valentino, Versace, há de tudo. Para além de ser a capital da mini-saia, os vestidinhos a quinze mil euros, as maquilhagens a fazerem de operações plásticas, os olhares altivos, os carrões estacionados à porta, tudo aquilo me deu um gozo brutal. É sociológico, digo-vos! Religioso, até!

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