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quarta-feira, novembro 07, 2007

Rufus em Lisboa e eu gosto da minha mulher. 

O concerto de ontem à noite do Rufus Wainright foi um verdadeiro espectáculo de entretenimento. À ida, uma ginginha no Rossio, sempre acompanhado da minha mulher montada nuns Stan´Smith cor-de-laranja belíssimos. Eram 20:47 quando ela se queixou dos pés. O aperto do novo material merece sempre a nossa leiga compreensão. O concerto de quase três horas centrou-se muito em êxitos e no "Release the stars", último album do cantor norte-americano e que aconselho vivamente. Surpreendeu-me logo no início: como pano de fundo descia uma enorme bandeira dos Estados Unidos. Para um homossexual preocupado com o excesso de religião nos EUA não estamos nada mal, pensei eu. Iniciava-se o concerto, eram umas 21:25, e a minha mulher queixava-se dos pés. Grandes canções, músicos com muita musicalidade na alma e em constante rotação de instrumentos. Ora de fato às riscas vermelhas e brancas sem camisa, ora com traje austríaco, ora de roupão de banho, terminou de mulher fatal à lá broadway, com todos os músicos a fomentarem a comicidade cénica. Eles a dançar, pelas 23:37, e a minha mulher a queixar-se dos pés. O concerto terminou e concordámos no excelente desempenho do Rufus apesar das dores nos pés da minha mulher. Chegámos a casa lá pás 0:27 e finalmente desmontou os fantásticos Stan´Smith cor-de-laranja. Não poderia haver uma justificação mais razoável para tanta dor. Comprar um par de ténis de tamanho 38 no pé esquerdo e 36 no pé direito não proporciona indiferença nem quer nuns mitológicos Adidas Stan´Smith cor-de-laranja.

segunda-feira, novembro 05, 2007

A corrente da quinta frase da página 161. 

Estiquei o braço e agarrei num livro da mulher para permanecer na corrente da quinta frase da página 161 do livro que tinha mais à mão. Diz assim: «Demorou-me quase um quarto de hora, com a telefonista a intrometer-se de vez em quando para nos lembrar que a conta ia subindo.» (Plexus, Henry Miller) Felizmente, nunca permiti a intromissão de telefonistas nas contas do telefone. Segue a corrente para a cassandra (com tanto seio orgulhoso e cheio era inevitável), o Rui (a próxima vinda ao País sem visitares a minha casa, és morto), a batukada (vemo-nos amanhã no concerto do Rufinho), o Élio (não vale poesia, não vale poesia), a Ana (mulher trabalhadora alegre vale por duas) e o João de Xangai (quero China nesses livros).

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